desconstrói
o tempo algum egoísmo
que
nada transmite indiferenças_____________________apenas
gravadas
por um pássaro
depois
a fuga
sem lágrimas sem fogo
sufocante
como a prisão dos homens.
A voz
retida nos teus escuros olhos
onde tudo
se passou
corroendo
talvez
um soluço ou um abismo breve
sabes
dos luzeiros arriba acima
referência
dos navegantes
e o
sonho projetado num horizonte inexistente
o céu
de infância
as
horas e os dias certos intermináveis
deixaste
as portas e as janelas abertas
contra as
correntes do vento
indevidas
gélidas.
nadas.
Reconstroem-se
os corpos
antes
decepados sem sexo
nexo
e as
sementes deitadas ao acaso
convolaram-se
por mais este inverno
[irei
então]
desconhecendo
o meu respirar
o teu
grito
a
miragem onde seria um mar
o
mundo.
(Ricardo Pocinho em F.Duarte)
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