...
desnovelam-se as madrugadas frias,nas árvores sem folhas,
resiste a amendoeira em flor,
onde morcegos se aconchegam
no raiar escuro do sombrio dia.
…
O vento toca levemente
nas cores desbotadas pela chuva,
em algumas tristezas,
em algumas alegrias.
…
Breve o dia, perdem-se as horas
sem tempo, ainda longe a tempestade,
perto as pedras que piso distraído,
e fugimos os dois da lembrança
de um beijo tímido, que os olhos fechados
sentiram voar pela imaginação afora,
…
querem-se os lábios despojados
do sal do mar.
…
Não me ofereças o mel,
planta-me as abelhas no jardim,
perto das videiras,
e liberta os cavalos alados, que um dia
regressaram sem pressa,
num murmúrio das nuvens da
primavera.
…
[Beija-me então, novamente...]
Maravilhosa a primavera... encantadora a poesia!
ResponderEliminarO farol sempre encaminha os distraídos, os que se deixam surpreender...pela tempestade, beijando-os suavemente com as cores da Luz, os olhos fechados suavemente, levam-nos nas nuvens da imaginação e da libertação...
Beijo, novamente...
Fantástico! Parabéns!
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