Enquanto
esqueço as palavras por esses mares desconhecidos,
Aproam
pelo sotavento algumas violetas nos vales adormecidos,
Ou em
silêncio, como dirias, colhendo as sombras
Que
um dia se afundaram sem despedidas.
Enquanto
se aproximam ondas gigantes que tapam horizontes esquecidos
Ou
desconhecidos,
A Preamar
limpa pegadas que ficaram esperando
Os
regressos das primeiras chuvas
Sem
sinais [regressos de alguns retornos]
Cansam-me
as chegadas, repetidos os soluços,
Repetidos
os gestos das gentes, os nossos.
É na
praia que adormeço profundamente, sem sonhos,
Enquanto
longitudes se despedaçam pelos primeiros ventos norte,
Falar-te-ia
das viagens, do ranger da madeira Apodrecida,
Ou
dos gritos de pavor de homens heróis por uns minutos,
Enquanto
o choro das mulheres de negro inundava areais desertos,
Apenas
espuma, apenas ondeares, apenas cinzentos.
Liberta-me
de ti por esta única vez,
Enquanto
a âncora é recolhida e me faço ao mar
É
tempo
Como
ondas do mar, esperando pelos passos,
Sem Poesia.
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