e são
regressos as simples brisas restantes
antes
as repetições cansadas
as
preces escondidas
o
relento pronunciado e estrelado
enfim
as mãos
unidas à garrafa vazia
o vinho
bebido imolado. Escuridões.
Rendem-se
os passos um dia à volta desse silêncio que queimava o chão duro e
concreto
sem
areia molhada de mar empanturrada pelas promessas longínquas
a
rapidez trepidante do pensamento envolvido por nevoeiros perpétuos.
Esquecimentos.
É breve
hoje a noite
sem
paragens ou um adeus demasiado longo
tudo
regressa
até as
origens
e
aquele peso amorfo desnovela-se
sem a
velocidade do destino escolhido. Vem comigo!
Afaga
as mimosas
que
apenas
ficaram
suspensas. Esperas.
(Ricardo Pocinho - O Transversal)
...um adeus demasiado longo...venha comigo!
ResponderEliminarDayse
Eliminaro adeus é sempre demasiado longo, é como a partida que nos revela um destino, um fado. Agradeço o teu comentário Dayse. Muito obrigado
Eliminar" É breve hoje a noite
ResponderEliminarsem paragens ou um adeus demasiado longo
tudo regressa
até as origens
e aquele peso amorfo desnovela-se
sem a velocidade do destino escolhido. Vem comigo!
Afaga as mimosas
que apenas
ficaram suspensas. Esperas."
Excelente poetisar... meu amigo Ricardo!
Beijo da Vó Maria :)
sabes Vó Maria, são tantas as esperas como as noites, as escuridões clareiam sempre pela aurora, as esperas ficam saudades sempre. Agradeço-te do fundo o teu carinho, leitura. Obrigado com um beijo Vó Maria.
EliminarMuito bom de ler, e de sentir.
ResponderEliminarAbraços poéticos.