Pôr-do-sol,
Monte Everest, Foto Cory Richards/National Geographic
…
por
vezes não sinto o que sinto,
tento
esquecer-me.
Esperguiço-me
num mar chão, ondula-se o corpo
que
voga pela mansa maré,
como
se para sentir tivesse de saber, ser,
ser-me-ei
apenas, tão longe tantas as vezes de mim,
ser-te-às
assim, tão perto tantas as vezes foste de mim.
Quando
o nosso sangue estremecia,
e
o grito trespassava as paredes amarelecidas pelo sol de verão,
um
corpo único metamorfoseado
renascia
da promessa, da saudade,
das
despedidas que sangravam pelo outono,
[…
verão mar, outono terra …]
Que
eu me esqueça da poesia que nos cobria,
que
eu me esqueça de sentir o que sentia então,
que
seja profecia também,
mas,
que
no final da rota inversa que seguimos,
as
mãos se voltem a tocar, sem tempo,
[…
mar terra …].
…
[“do
ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea.
La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que
estará a chegar?)]
Sempre que tenho tempo, leio- te...!Um bom fim de semana, Ricardo, meu amigo.
ResponderEliminarBeijo
Maria Valadas