…
leva-me
pela mão até onde as roseiras bravas
tapam
as trilhas empedradas. Leva-me
até
ao rio que dizias nascer no salso mar,
onde
as lágrimas ficavam à superficie,
e
um solitário arco-íris escondia os cintilantes refúgios lá longe.
Leva-me
assim.
Deixa
este corpo exausto, tão singrado sem rota,
arrojar-se
do cendrado promontório
sentindo
os aljôfares da fria noite.
Leva-me
assim.
Quão
longe hoje sou dos nossos sonhos pela excelsa
primavera
algures no tempo,
e
se conseguisse regressar-me um segundo que fosse,
pedir-te-ia:
-
leva-me até onde as roseiras bravas libertaram
o
aroma teu, que ainda hoje me inunda.
[Leva-me
contigo, assim, só].
…
[“do
ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea.
La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que
estará a chegar?)]
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