,nascem
pelo poente as cerejeiras despidas,
rejuvenesça-se
a cor,
e
o vento sopra de longe, escapa-se assim,
por
entre os dedos sem vestígios.
(I)
,veste-te
nesses gestos tão repetidos,
afinal,
chove breve,
por
um instante pensei nos sonhos despedidos,
partidos,
rasgados pelas noites escuras,
sem
sementes de papoulas nas mãos,
escuridões
intempestivas,
haja
boca que resista ao trago rápido do vinho.
,algumas
vezes deixo-me morrer sem os cheiros
conhecidos
pelas tardes que antecedem o crepúsculo,
por
vezes sei das ausências surdas, símiles
aos
pássaros em bandos escurecendo céus,
enquanto
trompetas atordoam ecos que se revoltam,
entrincheirando
palavras há tanto hibernadas, cacofônicas.
(II)
,sabes,
quisera um dia salvações inúteis,
pela
estrada que começou lá atrás, sem curvas,
vontades,
um fim,
e
levitei-te, e inventei-te,
quisera
apenas caminhar os teus caminhos,
olha
as margens, por onde a rouquidão repete os triviais
passos
em volta.
,volto-me,
sim.
(III)
,[regresso-me,
rasga-me em silêncio].
Textos
de Francisco Duarte
rasgar-se é sempre em silêncio, interior
ResponderEliminarjá os regressos, são quase sempre dolorosos embora necessários... não serei a pessoa mais indicada para ajuizar ... talvez o sinta apenas
Beijos e levo :))