domingo, 17 de março de 2013

,a cada véspera



,exaspera-se a vã preguiça acossada pelos olhares escondidos
que se escapam.

(I)

,a cada véspera, sem esperas,
sem ondulações distantes,

ficam vestígios das mãos, [um dia, talvez] entrelaçadas.

,vê-se o rasgar das cortinas, destapando janelas fechadas,
enquanto tapo a tua nudez,

querendo-me dono do tempo sem espaço,
das matinas recordadas sem vestígios,

das garrafas vazias, sentindo a azia escondida,
querendo mais, sim, a cada dia, sem fim.

(II)

,tudo se repete, o grito que estrebucha
das palavras gastas, castas,
rendições sôfregas,

pelas sombras que anoitecem a cada dia.

(III)

,[porque não anoitecer-me mais esta vez?],
que seja!








Textos de Francisco Duarte

1 comentário:

  1. Gostei! Virei sempre que possa, já que aqui me encontro com POESIA.

    um abraço
    da natalia nuno

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