Se me
trespassam as nuvens mais baixas que nada trazem de novo
Despede-se
esta longínqua ânsia dos tormentos vazios que o Sol não consome?
Onde estás
tu agora?
Em
vão busco pelas margens caminhos
Que
partiram sem pegadas alcançáveis
Mesmo
sentindo os corpos frios um dia amantes
Seja-me
estranha a visão plena da Noite despedida
Solenemente
anunciada.
Se me
quero por entre destroços [que cobrem]
A
terra das estranhas tulipas adormecidas
Saber-me-ei
perdido pelas encruzilhadas das rotas sem fim.
Observo
constelações absorvendo ritos de viajantes
Ou
murmúrios impessoais criando o Caos ao redor das Rochas
Negras
Reino
das sereias emudecidas por relâmpagos que inundam
Um
céu em chamas.
Será
o ar tão próximo do mar diferente do respirar dos deuses pelas claridades
constantemente presentes?
E
fica sempre mais uma onda pronta para ser navegada
Mesmo
que a claridade cegue pela proa o homem do leme
Pudesse
eu reter o brilho lunar
Pudesse
eu apenas te beijar sem o mar por perto.
Recorda-me
apenas a Vida ou a Praia nua sem horizonte ao longe
Sem
me dividir os passos
Apenas
passos desfeitos pelas espumas
Resistindo.
Onde
estou eu
Sem
sentido?
Protege-me.
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