terça-feira, 18 de março de 2014

Será o ar tão próximo do mar diferente do respirar dos deuses pelas claridades constantemente presentes?


Se me trespassam as nuvens mais baixas que nada trazem de novo
Despede-se esta longínqua ânsia dos tormentos vazios que o Sol não consome?

Onde estás tu agora?

Em vão busco pelas margens caminhos
Que partiram sem pegadas alcançáveis
Mesmo sentindo os corpos frios um dia amantes

Seja-me estranha a visão plena da Noite despedida
Solenemente anunciada.

Se me quero por entre destroços [que cobrem]
A terra das estranhas tulipas adormecidas

Saber-me-ei perdido pelas encruzilhadas das rotas sem fim.

Observo constelações absorvendo ritos de viajantes
Ou murmúrios impessoais criando o Caos ao redor das Rochas
Negras
Reino das sereias emudecidas por relâmpagos que inundam
Um céu em chamas.

Será o ar tão próximo do mar diferente do respirar dos deuses pelas claridades constantemente presentes?

E fica sempre mais uma onda pronta para ser navegada
Mesmo que a claridade cegue pela proa o homem do leme
Pudesse eu reter o brilho lunar
Pudesse eu apenas te beijar sem o mar por perto.

Recorda-me apenas a Vida ou a Praia nua sem horizonte ao longe
Sem me dividir os passos

Apenas passos desfeitos pelas espumas
Resistindo.

Onde estou eu
Sem sentido?


Protege-me.



Sem comentários:

Enviar um comentário