segunda-feira, 7 de julho de 2014

quando me finjo perto de tão longe


quando me finjo perto de tão longe
apavora-me esse interior só meu
folhas caídas escondem o húmus que antecede eternidades
frustram-se estranhas conversas
entranhas intocadas.            

I
na verdade vos digo dos suspiros finais
por uma noite de verão jazendo
adormecida. ondeia o vento

desabitado
desordenando corpos desassossegados
não mais encalhados vogares sem sentido
ou imaginados.

II
pudesse ser eu o verso que te faz tremer
pela manhã estranha. indisponível

este desabrigo.

(reintroduzindo-me em F.Duarte)


2 comentários:

  1. gosto muito de F. Duarte mas torna-se reto o Sorriso quando o lê ... pelo que representa, diria; pelo que me representa, certamente

    Sorriso

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O F.Duarte tem uma particularidade, nascem numa das margens do Rio Tejo, em Lisboa, talvez tenha uma escrita com mais Saudade, Fado, e porque não Vida ou Noite. Não é uma escrita alegre sei que não, mas é sentimento sempre mais profundo. Muito Obrigado pelas tuas palavras Poetisa Fernanda Alma. Com vários sorrisos

      Eliminar