sexta-feira, 27 de junho de 2014

[exaustos os olhares buscando distâncias abruptas por entre paredes e abismos]




exaustos os olhares buscando distâncias abruptas por entre paredes e abismos desfeitos nesta proximidade invadindo algumas lágrimas suspensas consumidas.

Claridades unindo instantes Trespassadas por este
tanto mar
que afaga as pegadas do regresso absoluto
e mantém a magia do enigma que quebra Gestos invisíveis
indivisíveis.

Onde descansas o teu olhar durante os múltiplos navegares das tuas mãos vazias?

ilha surgida a barlavento sem muros mudos
de tijolo caiado em branco espuma por mais um Solstício

que anuncia o regresso das aves migrantes acordadas tardiamente.

Mapas que se rasgam
somente rastros vividos nos avessos da razão do respirar
imanente do dia noite
que me embriaga sem cessar como o dançar das ondas do mar pelas calmarias aprumadas à proa.

Serão os gritos de pavor dos homens que sossegam as tempestades em alto mar?

Será a cor das cerejas que anuncia o fim do verão?

I

perco-me do mundo pela imensidão do mar esquecendo-me do cheiro das rosas bravias e das alfazemas quebrando rotas querendo aportar pelo silêncio de um cais deserto

ante um dia da eternidade.

breves estes todos os dias

(tantos).

3 comentários:

  1. ... dói sempre o tom das palavras
    talvez por sempre tenham vivido em mim sem o saber

    Belo.

    SorrioTe

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  2. Respostas
    1. doem sempre as palavras
      mesmo as mais vividas, por um rio acima
      mesmo sem implodir-nos.
      Sorrio-Te, em Agredecimento Fernanda.

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