escondidas por um manto suspenso,
prestes a esvoaçar sem destino,
expõe-se o homem no leme,
…
e é no mar que se encerram
as palavras, prolonga-se o circulo,
que se deseja quebrado.
Nascem areais desconhecidos,
detroem-se as ondas contra rochedos,
que resistem.
…
Acordam das profundezas sonhos,
viagens sem fim,
conquistam-se castelos inacessiveis,
com o raio da trovoada acendem-se pavios,
ilumina-se a tempestade,
…
expõe-se o homem no leme.
Resistem sentimentos, perdas,
até saudades,
pouco interessa,
nem o cinzento amanhecer
ilumina as sombras carregadas,
tão carregadas
que se arrastam como pedintes,
como putas velhas pelas vielas,
procurando algum vinho,
procurando algum calor,
vendo algumas aves que se protegem
…
expõe-se o homem no leme.
De
nada serviram os avisos,
tantos
os queixumes,tantas teimosias, como se tudo
se conhecesse, mesmo o desconhecido
deserto de algas moribundas,
orgulhos,
superioridade momentanea, surdez,
e ao furacão repentino, devastador,
…
expos-se o homem no leme.
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