“a
vida é sempre a perder”, será?
,refundem-se os ecos por entre nuvens
em
cirros adormecidos,
nesta
procela sempre presente.
,os
ecos presentes, agitam-se, agigantam-se.
(I)
,da
afonia o grito estrebucha
pelas
rochas escondidas em preia-mar,
qual
vinho sorvido sem gestos,
dispensam-se
palavras gastas,
tantas
as ausências
que
se atravessam, breves vaus abandonados
por
um mar em calmarias, vazadas.
(II)
,quisera-se
um dia o nevoeiro escondendo faróis,
imaginados,
sôfregos
das inúteis salvações, naufrágios,
,quiseram-se
apenas veleidades travestidas de vontades tantas,
e
a vontade presente que seja absurda.
,os
corpos, o mar, os náufragos, os outros,
que
o outro seja, jamais um eu.
(III)
Afinal,
acordo-me em sonho,
rendo-me,
despojo-me, desnudo-me
nesse
desfraldar das velas ufanadas, aprisionadas
ao
estático mastro,
(IIII)
[geme
a ondulação, regressa o tempo parado, presente,
presente...].
Textos
de Francisco Duarte
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