Nenad
Saljic, “The Matterhorn”, National Geografic
,revela-me
a noite
(I)
como
se a perfeição existisse,
sem
adjetivo, sem palavra,
e
envolve-me nesse manto feito teu corpo.
,sempre
soube das pedras perdidas pelo mar,
das
montanhas submersas, inóspitas,
isoladas,
quais
armadilhas de navegante,
,as
visões.
...
(II)
,abana
os ventos
,abana-os
em rodopios, revira-os,
que
quebrem os mastros libertando as velas gastas,
e,
no final,
que
o barco se arpoe mar adentro.
,revela-me o dia,
(III)
...
um
dia,
a
cada segundo, em cada momento,
faz-me
recordar o que sempre quis
esquecer,
este
esquecimento de mim.
(IIII)
,[e
envolve-me nesse manto feito corpo teu],
só.
Textos
de Francisco Duarte
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