,que
o tempo não pare, nem deixe de parir tempos!
(I)
,e
eu abrando,
repetem-se
cenas, visões, nenhures imaginados,
criações
sem nuvens em redor, ou alfazemas do campo
agarradas
à terra seca, gretada,
,e
eu abrando,
,o
amar torna-se ridículo,
quando
regressam os odores conhecidos,
como
se à tarde existisse sempre, sempre
um
esconder do sol,
,ou
um poema por ler.
(II)
,transmuda-se
a pele em escamas,
pela
viagem sem partida, sem gestos,
mímica
que os nevoeiros escondem,
tapam,
,lenços
brancos esvoaçam símiles a bandos
de
pássaros em migração constante, sem tino,
sem
rota,
loucos.
(III)
,quantos
os loucos.
(IIII)
,um
dia abate-se o céu pelo peso das estrelas,
,eu,
abrandar-me-ei,
agitando
esse pó que me cobrirá
inexoravelmente,
implacável
o ondear sem reflexo, nexo,
figuras,
sombras, pessoas,
uma
amálgama que se debaterá então.
,o
tempo parará a loucura,
,as
aves morrerão em pelo voo, suspensas,
acamadas
nos cirros estáticos, eternizados,
enraizados
no parir dos tempos.
(IIIII)
,e
eu repetirei-me-ei,
,sem
pejo, impedimento;
“-As
amendoeiras renasceram em flor, algures, tardiamente.”
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