Se me
perguntarem das margens do mar
Responderei
das feridas crepitando falsas
Tréguas
Cansaço
pelo voo dos pássaros sem pousos
Se as
rotas me naufragarem assim
Que
seja pela Noite breu sem cintilantes ou
Clarões
de cometas deixando
Sextantes
cegos
Há
explicações por dias que se cruzam sossegando
Confidências
despojadas em Tempo gasto
Crescente
E
mesmo que o acordar esteja boiando
Sobre
águas salgadas
Despem-se
nomes no tatear de nevoeiros selvagens
Perpétuos
famintos de nadas
Arrefeço
o sentimento que atropela visões e vozes
Se me
perguntarem das metamorfoses daqueles
Dias
Noites
É das
cadências ritmadas do olhar que Me
Lembrarei
Enfim
algumas sombras restarão para sempre
Desassossegadas
Pálpebras
semicerradas em vão.
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