Talvez
me tenha tornado um nome, um lugar
Nessa
fria possessão da vida errante
Em contínuas
memórias cobertas por areais desertos
As
rochas onde te encontrei sentada
Encontros
O
tempo teimava em parar Desconhecido
Longe
das cidades das pessoas Sem degradação
Desse
sonho por onde tudo passou Ilimitado
Espaço
que se Aboliu
Longe
os labirintos entre marés conhecidas
De
tanto repetidas revisitadas
Agitadas
as águas do salso reino Indomáveis
Cavalos
tresmalhados a galope na direção do Promontório
Irreal
fatalidade ou desejo presente nesse cio constante
Curvei-me
e estatelei-me
Pelo
fundo das fossas tenebrosas mas eficazes
Como
fugas sábias quando a noite roubava o dia
Sem
álibis testemunhas Silêncio então
Emergimos
fatalmente conscientes
O
frio antigo evaporou-se
A
mesma cor das cerejas estáticas
O
mesmo odor das rosas bravias escondidas
As
nossas mãos cheias de Maresias
Sumptuosas
E
assim
Respiramos
em uníssono
Talvez
então me tenha transformado
Num
nome
[Só
um].
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