Há
homens e mulheres que constroem Casas
Dentro
de si sem jardins ou mares à vista
Dirão
da falta de espaço do tempo fugitivo algoz
Despem-se
entre tijolos nus sem o branco da cal
Absortos
Calcorreio
o mar despojado de gentes onde
Alguns
sonhos naufragam símiles a barcos de papel
Se em
ti penso desfaço ondulações
Apressando
chegadas mesmo que breves
Há
jardins e mares desertos
Que
limitam faces da Lua refletidas pelas Noites
Seguidas
sem descanso
Por
vezes são árvores arrancadas das raízes
Mais que
profundos abraços à Terra quente
Outras
vezes são pássaros libertados de gaiolas
Decorando
salas vazias decapitadas
Passo
por esta Terra que não me pertence refaz-se
Reconstrói
sonhos eventuais viagens Além-mares
Onde
nascentes alimentam marés balouçando amarras
Há
pessoas que constroem casas fora de si sem jardins
(Sem
mar calmo)
Queixam-se
do tempo das tempestades que carregam
Deste
Mundo
Desassossegos
Espalhados.
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