Rastejo-me
para o mar
Peixes
crustáceos tágides ou musas nem sei adamastores alguns deuses incrustam-se na
minha pele que tento despir
Em
vão.
Despeço-me
mais uma vez
Desta
Terra que não é minha
Desta
obrigação em me habitar
Desconstruo
pirâmides em volta das pegadas deixadas pelas areias mais escondidas
Digo-te
do breve espraiar pelas crinas níveas das severas ondulações
Que
me cercam
Algumas
repetidas sete vezes
Outras
perdidas na imensidão do tempo.
Pisas
o luar refletido a mar
Nesta
perfeição de imagens sem sons ou gritos por perto
E
Se me
estendes a mão
Alma
viva Deslumbrante
Quedo-me
do cansaço após a agarrar
Se desmembras
o caminho sob o rumor dos cometas em correrias extremas
O
simples beijo perdido
Retoma
a perfeição de um dia esquecido algures.
I
Sento-me
nas águas quietas cheias de sussurros e mirando as exaltações
De
cada preamar
Relembro
o som do piano ressoando pela noite dos olhares
Chamas
clamando por sóis e luas.
Nenhum
olhar prende a ansiedade
Do
próprio movimento
Como
um vento
Que
empurra
Mais
além.
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