quinta-feira, 29 de maio de 2014

Quando as figuras ficam indistintas como os nevoeiros cerrados cobrindo vales sós Brado da cegueira


Qual a cor do silêncio ou o sabor do vento alísio invadindo o salso reino em azul (ou em verde e cinzento ou em outras cores quaisquer que sejam elas)?
O tempo a passar.

Há quem lhe chame de ventos as Visões
Quando as figuras ficam indistintas como os nevoeiros cerrados cobrindo vales sós

Brado da cegueira
Clamo sacrifícios suicidas purificadores
Bajulo céus Marés longínquas

Qual redenção
Te transporta além daquela linha
Sempre transparente escondida pelas madrugadas insones?

Sei que fitas as cores do arco-íris escondidas pelas níveas Nuvens
Onde habitam as aves cansadas das distâncias brutais
Sei que pintas alguns dos sonhos repetidos cansados
Como se não existisse mais nada em volta
Nem as pedras

Nem os trilhos de outras pegadas.

Em vão tento esquecer-me de mim
Esquecer-me de ti
Esquecer-me deste mar (ou mesmo amar que seja)

Em vão apenas tento esquecer
Sim

Das tantas mortes todas as que me lembro
Piores que o sangue por onde se afogam vazios sentidos
Homens sem o leme.

(I)

Ao longe bem longe
O Mar em teus olhos
Calmo como à deriva dos destinos das rotas dos desejos

Erguem-se mil coisas por perto
Pelo poente.

Preciso partir
De mim.

(II)

(Do sonho que já não pertence
a mais ninguém).




2 comentários:

  1. Por vezes eu calo...por vezes escuto...
    Por vezes ao longe...me encontro...
    Tão lindo que nem respiro, só suspiro!
    (roubatinhando...rsrs)

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    1. suspiros... em silêncios que se tocam. Apenas e só te agradecendo Poetisa.

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