Do
Álbum de Surya Prakash, no Facebook, Nova Délhi
- …
- e quão perto se quer o mar em mim,
- e quão inerme me deixa quando longe se espraia.
- …
- Era-me o vento bonança quando o pisavas descalça
- anunciando chegadas, e repetias;
- “- o mar não tem quintais, nem latifúndios, as pessoas não moram lá, morrem-se por lá!”
-
- Pudesse eu deslizar-me pelas espumas do mar
- sem ruído,
- pudesse o céu abrir-se de par em par, como um sorriso
- inocentado pelas derivas constantes das correntes,
-
- pudesse eu morrer-me por ti,
- perto do mar.
-
- Fundeei-me nesta letargia momentânea, sem visão,
- apenas restaram algumas orquideas que vogaram até mim,
-
- suavemente,
- silenciosamente,
-
- e,
- enquanto as recolhias descalça e núa,
- era-me longinquo o marulhar do mar em mim,
-
- tão perto dos silêncios teus.
- …[“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
e, ne verdade, quantas vezes negamos o mar receando a sua força, que nos arraste...
ResponderEliminare se nesse arrastar estivessem os gestos, o resto das palavras...?
Obrigada pela Beleza.