Nordeste
da Índia chuvas monção Biju Boro/AFP
…
e
quando me morro contorce-se o cansaço
Que
se encabrita pela pele já gasta.
E
morro-me tantas vezes como as ondas do mar.
E
morro-me tantas vezes longe da terra
Que
sangra desnudada dos queixumes
Deixados
pelo grito meu, esquecido no meio das searas.
Fulgem
repentinas tempestades que se acalmam,
Quando
ressurge o fugidiço poente pela proa,
Regressam
os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes.
Morro-me
assim, tantas são as vezes,
Quão
longe estou das orquídeas tuas.
Quanto
mais perto do mar estou, mais longe de ti sou,
Assim
me morro,
Pudesse
eu morrer-me de vez,
O
coração?
Adiei-o.
…
[“do
ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea.
La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que
estará a chegar?)]
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