seja-me
procura a ida, a vinda,
quando
olho pela janela gradeada, medrosa,
como
se tudo fosse perigo,
assalta-me
a nostalgia da liberdade,
tudo
novidade lá fora, já aqui,
,
e as mãos tateiam horizontes,
ocasos,
hecatombes que se perfilam,
porque
não?,
repete-se
beirute, gaza, dar es salaam,
repete-se
o outro que se liberta deixando o
cordão
umbilical estático, constante,
repetindo-me,
distorcendo-me.
(I)
os
lírios voam sem destino,
nunca
serão aves migrantes,
,
resistem ainda ecos, destroços,
enquanto
os corpos se reconstroem,
e
habita-me o cansaço,
o
som do piano num bar de terceira, algures ,
as
garrafas de gim vazias,
[sempre
vazias...]
fitam-me
olhares vazios,
e
palavras,
e
mais palavras que não entendo.
(II)
,sejam-me
procuras, porra,
,sejam-me
só idas,
sem
porras de regressos, sem fragmentos.
Textos de Francisco Duarte
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