(III)
destrói
a linguagem,
os
epítetos, destrói o cinturão de afrodite,
destrói
o verso,
...
que
as imagens fiquem fixas, imóveis, isoladas,
e
se o tempo parar,
se
os rios (então) nascerem do salso mar bravio ou do estagnado
pântano,
que
tudo seja engolido pelo ocaso,
libertação,
ou liberdade que importa, mas que seja.
(II)
como
o raio.
tudo
muda, até recordações, obsessões, até criações,
transformam-se,
transtorna-me o dia assim sonso,
gemido
calado, silêncio desflorido de outono,
expeço-o
com a rouquidão do pedinte,
destruí-lo-ei
pela noite,
(I)
acordo-me
da vã visão do nefasto.
[aleatório
o devaneio]
grito-me.
Textos de Francisco Duarte
Textos de Francisco Duarte
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