,e
como me entedia o dia, que
a
noite anuncia.
(I)
,revela-me
a face carregada,
como
o corpo que carrego, arrasto,
de
paixão escondida, perdida em paixões esquecidas,
bocejos
cruzados por entre seres esconsos, amorfos,
que
correm, que se refugiam da chuva oblíqua
que
não me fere,
,finjo-me
como um louco, de olhos fechados.
(II)
,fujo
dos silêncios em gritos estridentes,
e
quando levanto os braços, sem suplicar,
abraço
o universo numa casca de noz.
,o
que não vejo, esvazio,
despejo
a bombordo, longe do que não faz sentido,
,
e a razão tolhe-me a surpresa,
afasta-me
da compreensão do infinito,
do
finito que seja.
(III)
,morrem-me
assim os dias, as claridades,
revivo-me
pelas noites, que os dias anunciam
denunciando
as cinzas que restaram.
Textos
de Francisco Duarte por Ricardo Pocinho
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