Infalivelmente
com a alba,
regressa-me
o esvoaçar do cheiro das tílias,
eliminando
alguns impossíveis de tão longínquos,
vertentes
deste mar sem fim, ou destino.
Existirá
sempre mais uma maré, mais um horizonte,
além,
ali, aqui,
e
quando miro as ondulações símiles às pétalas espalhadas em
desalinho,
tocam-me
as tuas mãos sossegando-me em sorriso.
Nadas.
E
digo-te;
os
ventos alísios serão sempre os desejados,
como
uma prece regateada de tão longe,
um
cais algures, um destino nenhures, tanto deserto em volta.
Quedam-se
os corpos antes expectantes,
que
se encabritavam em metamorfoses pelas síncopes do dia em versos
liquidados,
sem
remissão,
e
o orvalho de antes converte-se em tempestade,
regressam
procelas pelo ocaso,
acolhe-me
em sussurro breve, eliminando estes impossíveis imparáveis,
insepultos,
eu.
Sobrevive-me.
"Quando
me instalo na aldeia - e nunca será para menos do que os três meses
de Verão - hei-de levantar-me infalivelmente com a alba",
Aqulino Ribeiro
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