Dos mares
resvalam velas sem destino
Aprisionadas
aos mastros apodrecidos pelo sal em volta
Como
passos errantes enquanto espantalhos ao longe
Esfregam
mãos fechadas sem calor. Miragens.
Assim
se constroem viagens constantes
Invejando
o rápido relâmpago derramando abismos
Sem
margens ou limites como as palavras que se apagam
Febrilmente.
Sementes germinam pelo areal sem nexo
Desordenadas
Desinteressantes
espaços cantos.
Dizes-me
das vontades roucas rasgadas pela crista das ondas
Num
lugar algures onde se escondem as nuvens repentinas
Fio
invisível que me roubou o tempo de ti. Lampeja o ar
Severo
mas mais sensível que o toque recém-criado
Envolvendo-nos
como veneno desejado
Ouço-te
e resplandeces recriando repousos sem
Certezas
ignoradas. Mesmo que me sossegue
Querer-me-ia
Silêncio
Pela
noite que o inverno teceu.
Passo
por esta Terra que não é minha
Desabrigando-me
do tempo
Sentindo-te
perto pelo respirar
Inundando-me
Sem
destino.
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