…
e
criam-se ciclos em circulos como se o amanhã chegasse breve quão
rápido se desvanece o ignescente dia em verão que se dispersa sem
jamais se ver.
Ainda
te vejo a segurar algumas ondas
invocando
as manhãs por onde nos despimos de nós,
nudez
no salso mar só nosso por um momento.
Penso-te.
[Sentir-te-ei
sempre quão perto este mar é de mim,
…
sentir-te-ei
pelo silêncio das noites,
…
sentir-te-ei
pelas auroras refletidas em corais infindos].
Olvido-me
esperando-te.
Regressa
a sílfide das orquídeas brancas que um dia me ofereceste
e
mesmo que me segregue por breves momentos,
sempre
ouvirei as estrelas quais rouxinóis que anunciam o teu amanhecer...
“ -
E o mar ?” Perguntar-me-ás.
Jamais
o deixarei longe de mim, responder-te-ei.
Jamais
negarei que o tentei.
E
o ciclo exorcisa-se.
Os
ciclos são assim, acabam-se uns, começar-se-á outro algures no
tempo e no espaço com outras palavras, outras experiências, outras
histórias, ou sentimentos, outra escrita, e essa é a importância
da palavra, reiventa-se.
…
[“do
ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea.
La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que
estará a chegar?)]
Sem comentários:
Enviar um comentário