…
e
tantas são as viagens que me alumbram,
quiçá,
pelos sonhos nunca dantes realizados
onde
se degustam silêncios vogados ao vento,
que
me ardem, ignescente memória,
estes
olhos sem choro que miraram além da proa,
além
das níveas montanhas.
Relembra-me,
acolhe-me enquanto o ceu estreleja pelo entardecer dos dias em verão,
morram-me
então as palavras que os deuses libertaram,
roçam
o infinito desejo, quão perenes,
penetram
mar adentro, quais viagens desassossegadas
mitigadas
pelo som destes marulhares sempre presentes,
desde
sempre.
Acolhe-me
em sorriso, desnovelando
cousas
incertas aprisionadas, ilusões outrossim,
relembra-me,
uma vez mais,
da
cor das cerejas dissipada por entre sussurros só nossos.
Inda
me peregrino em mim, sabê-lo-ás.
[-Senti-lo-ás?
Perguntar-me-ei.]
“-
Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas
de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide
adormeceu no leito de uma orquídea branca.
Sem comentários:
Enviar um comentário