terça-feira, 4 de setembro de 2012

[ … e quando as ignescentes estilhas se consomem



e quando as ignescentes estilhas se consomem,
renova-se pelo fogo o sentir julgado naufragado.

Alterosas as ondas que ouço em solilóquios crescentes,
rumores que se transformam em urros,
quão perto a crespa tempestade é de mim,

ribombam sussurros teus
nestes longínquos silêncios meus, amordaço o alvitrar
repentino, que renasce,
que se encabrita,

como os lírios pelo matinal orvalho.

Acrescento-me aos desconhecidos mares,
neste vai e vem, ah... ondear que me extasia,
e,
desfaço-me da partida nesse dia em adeus,
nos desencontros que foram as rotas nossas.

Que o mar uma noite me faça voltar,
aos braços teus.




[“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]

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