…
e
deixa a poeira destas encruzilhadas invadir
este
tédio que me repete,
que
me cobre como o tafetá,
santifica-me
a emoção em escarlate, nudez essa
de
teu peito coberto por nuvens em cirros,
mas...
ensina-me
a colher o mel pelo ocaso
onde
miçangas reluzem, estrelas cadentes também,
quando
o mar se espraia para além das violetas adormecidas,
[clareia-me
a noite].
Na
verdade dir-te-ei,
pudesse
ser eu o verso que treme pelo anoitecer,
pudessem
ser as mores distâncias apenas o simples repirar,
pudesse
eu afundar olhares de adamastores sempre irados,
pudesse
sossegar-me como o aloé que nasce da estrada,
enquanto
habitas estas divisões quais páramos em mim.
[E
repetir-me-ei: ensina-me a colher o mel pelo ocaso...
que
fazer, perguntar-te-ei].
“-
Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas
de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide
adormeceu no leito de uma orquídea branca.
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