…
mira
a tatuagem qual prece que não se desfaz,
pedra
que a salsa maresia roreja,
levemente,
suavemente,
direi,
neste
ruir de verão
em
redemoinhos de folhas derribadas pelas foices do tempo.
Segregar-me-ei
quantos os sargaços que vogam como náufragos,
longitudes
já conhecidas, necessárias,
onde
se ouvem estrelas, quais solilóquios pelos amanheceres
de
súplicas sempre presentes,
desejos,
sonhares,
podê-los-ei
sentir na carne símiles à afiada sica.
Seja-me
abnóxio o encadear novamente do olhar,
senti-lo-ei,
sim,
vulcão
adormecido, ressuscitado, encabrestado,
nesta
verdade te direi,
sentir-te-ei
sempre,
como
as ondas adormecidas que se espraiam pelos meus pés
aguardando
regresso teu.
Seja-me
bravo o mar, então.
“-
Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas
de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide
adormeceu no leito de uma orquídea branca.
Ah!
ResponderEliminarPouso aqui meu olhar de estrela suplicante...deixo-me ser embalada como os sargaços embebidos por esse néctar de sal e quiçá um dia espraie na diagonal de um tempo que chegará manso, trazido pelos ventos das flores que um dia deitei em oferenda ansiando pelo regresso de mim mesma...
Querido poeta, como é bom le-lo...ando sumida, mas nunca me esqueço que navegar é preciso!
Beijo-te com lábios salgados
V.
Ah como me alegras, nesse teu ansiar por regressos teus.
ResponderEliminarJamais te esqueças de navegar, dos cheiros da maresia, do mar imenso que se espraia pelos olhares.
Beijo-te com o sabor a mar