,liberta-me
(I)
destas
asas que me atrapalham,
que
nunca aprenderam a voar mais além,
nem
refúgio, nem descoberta.
,deixa-me
sossegar
(II)
por
este mar aquém de mim
que
me desnovela, reduz a nada.
,do
tudo
(III)
,sem
começo, para quê[?]
estas
visões inacabadas da aurora boreal,
reflexas,
algumas singradas sem sentir,
inconscientes,
efémeras,
inóspita
esta terra que não me habita,
onde
não me habito, habituo,
,e,
enquanto
procuro palavras para descrevê-la,
renova-se
o cheiro das alfazemas,
brotam
flores da amendoeira adormecida.
,refugio-me
(IIII)
pelos
cantos do mar como um náfego,
a
loucura seja-me presente,
jamais
fuga, ou vida.
sim,
revi a rota mais outra vez.
(IIIII)
,além,
mais além neste aquém de mim que ainda me resiste,
e
que se repete, repete-se moribundo.
Textos
de Francisco Duarte
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