(I)
,do
deserto [… que seja do deserto]
são
construidas colmeias em árvores desnudadas,
abandonadas,
enunciam-se
alguns gritos solitários,
por
momentos nefastos carregados de tédio,
e
revivem as dunas em areais distantes,
invadidas
pelo mar,
como
o tafetá cobre o corpo da bailarina, o ventre.
(II)
,revivo-me
a cada rota desconhecida,
construo
nuvens sós, breves,
pelas
clareiras do ceu,
no
peito murmurios, no peito miçangas de flores
um
dia colhidas, um dia arrancadas pela raiz.
,um
dia ermos distantes, desabitados,
que
penetram sem perdões por este mar revolto.
,e
vejo aléns,
,e
vejo redemoinhos estranhos,
,e
vejo esconderijos descobertos.
(III)
,vejo-te.
,ruirá
o inverno que se aproxima
ao
pavor dos ventos, ao pavor dos aluviões,
guarda-me
o mel,
,guarda
o que a minha vista já não alcança.
Textos
de Francisco Duarte
ResponderEliminarBelo!
Sorriso
Aqui onde as ondas serenam, embalo todos os meus cantos, como se nada mais pudesse me emudecer e como corais desalinhados, estendo meu sorriso ao sol...
ResponderEliminarNavegar contigo é indizível emoção caro poeta!
Saudosa, mas nunca ausente dileta seguidora das tuas vagas.
Abração!
V.