(I)
quero
saber-me assim quieto, em sossego,
neste
meu inóspito e distante desaconchego,
seja
da canção cendrada,
seja-me
da noite iluminada,
que
seja deste meu sonho em desassossego.
(II)
da
saudade.
surdo,
mudo, e nada muda,
nem
o desassossego,
nem
os passos tidos por perdidos,
distâncias.
,escuto-me.
,morrem-me
as saudades de tão gastas,
de
tão repetidas,
esfarelam-se,
e
quando regressam impiedosas,
agito-me,
revolto-me, rendo-me,
,como
se a lua só tivesse uma face,
,como
se a lua só tivesse uma fase,
e
só escuridão pernoitasse no meio.
(III)
,o
meu mar jamais será umbroso,
reflete
o azul do céu,
reflete-me,
e
repito-me no desassossego que quero em sossegos,
“-
deixa-me vogar pelas vontades das ventanias”.
[,
o sal seca-me, engelha-me, arrasta-me].
Textos
de Francisco Duarte
quero saber-me assim quieto, em sossego,
ResponderEliminarneste meu inóspito e distante desaconchego,
seja da canção cendrada,
seja-me da noite iluminada,
que seja deste meu sonho em desassossego.
Quero saber dos que regressam,do povo
embutido no casco grosso,gasto
de marés,quero saber se os que escuto
serão de Fez ou dos nossos mares
os mortos que regressam de vez...