sábado, 14 de junho de 2014

[janelas mal fechadas que aguardam claridades...]


janelas mal fechadas que aguardam claridades para sempre Silêncios ou esta alegria esperando pelo final da tarde. Esperança fugidia.

Pudesse eu reter as mãos e o olhar no meio de uma fuga mais outra
Onde o pranto corta as águas desabitadas
Horas de cansaço.

Ser-te-ia penoso o raiar da manhã
Quando descolorida
Apenas gestos sem luz ou sons do infinito
Antecedendo eternidade.

Existirá?

Fala-me do desejo sempre latente da pele
Por este adormecer das palavras símiles a aves velozes retidas pela noite sem o cheiro da canela ou o toque das sedas puras.

Amanhã.

I

Cobre-me com o frio que sustenta os cometas errantes
Sem lugar ou distâncias longes demais
Onde um mar silencia os passos a cada Maré
Plena.

São horas escondidas (jamais escolhidas).

II

Acorda o infinito das espumas
Pela exaltação dos teus braços
Atemporal te seja

Esse desejo silenciado

[do mar se diz de pleno]

Que se desfaz

Que me inquieta.



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