janelas mal fechadas
que aguardam claridades para sempre Silêncios ou esta alegria esperando pelo
final da tarde. Esperança fugidia.
Pudesse eu reter as
mãos e o olhar no meio de uma fuga mais outra
Onde o pranto corta
as águas desabitadas
Horas de cansaço.
Ser-te-ia penoso o
raiar da manhã
Quando descolorida
Apenas gestos sem luz
ou sons do infinito
Antecedendo
eternidade.
Existirá?
Fala-me do desejo
sempre latente da pele
Por este adormecer das
palavras símiles a aves velozes retidas pela noite sem o cheiro da canela ou o
toque das sedas puras.
Amanhã.
I
Cobre-me com o frio
que sustenta os cometas errantes
Sem lugar ou
distâncias longes demais
Onde um mar silencia
os passos a cada Maré
Plena.
São horas escondidas
(jamais escolhidas).
II
Acorda o infinito das
espumas
Pela exaltação dos
teus braços
Atemporal te seja
Esse desejo silenciado
[do mar se diz de
pleno]
Que se desfaz
Que me inquieta.
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