morrer-me-ia sempre mais uma de outras vezes se me faltassem
a paixão da chegada pelo amanhecer
os lugares ao sol dos quatro cantos cardeais pelas mansas
correntes marítimas
quiçá o esquecimento.
Regressam-me os
abrigos que nos alagam
as rochas alisadas
escondidas ou
o mito das rosas
bravas às margens longínquas de um arco-íris
que nos resiste
mesmo amparado no
silêncio da longitude
enfim.
Pelo teu olhar a mar
vendo maresias já aqui
diz-me do repouso nas
nuvens mais afastadas
faz-me acreditar na
cor dos lírios plantados num telhado em um país distante
desabrigos que não
consigo dominar.
I
Afinal os barcos
regressam sempre à baía mais perto
para apodrecer
afogando anjos a
estibordo a um dia da eternidade
como gota de água pela
imensidão.
II
Silencia-me a beleza
da emoção
em ti.
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