Alongam-se
os dias desesperados
pelos
caminhos da noite,
cobrem-se
de auroras coloridas,
luzes
do norte,
…
cubro-me
dos frios soprados
por
adamastores escondidos,
revelam-se
visões,
desnovelam-se
algumas recordações,
cansam-me
os perfeitos amores
bafientos,
cansam-me
as noites sem sons.
…
[luzes
vogam pelos céus]
…
Luzes
que me lembram
os
nenúfares coloridos,
lendas,
estrelas das águas,
algumas
histórias do mar,
que
abrigam heróis adormecidos,
deusas
e deuses sonolentos,
viagens
sem partidas,
…
[céus
desnudados em azul]
…
…
e
quando a escuridão irrompe
descaradamente,
precipito-me
no fechar dos
olhos,
cegueira
na imensidão do
deserto
mar, então,
[cegamente]
refaço
as amendoeiras floridas onde um dia no passado esculpimos as nossas
letras,
só
as letras,
[ah...
como me é longínqua a visão...]
…
só.
[ah...
como me interrompe a saudade...]
…
O Transversal...te achei aqui, bem escondidinho...quietinha um canto para em silencio ler...com calma...
ResponderEliminarAbraços daqui...
Valéria Cruz