…
por
vezes esqueço-me do diaquando a noite termina,
ficando alguns pavios de vela
queimando,
tremem as cores então,
e as sombras fogem,
e escondem-se.
…
Fico-me no baloiçar da maré,
no pensar distante das silhuetas
deitadas uma noite a meu lado,
sem face,
…
brilham garrafas vazias pelo convés,
caleidoscópios coloridos,
mágicos das cores,
quais supernovas envoltas
por cristais azulados.
…
Por vezes esqueço-me do dia,
onde as palavras têm cores,
como as searas, como algum
arco-íris sem forma,
e o vento separa-as,
transformando-as em vida,
…
quando a noite termina.
…
Quebram-se os circulos, as visões,
destroe-se o além do mar
das latitudes,
repartem-se as longitudes em tempo,
do tempo que se quer suspenso,
[porque não parado?],
…
envelhece o mar, esquecem-se
saudades,
e a noite,
jamais amanhece.
…
Conta-me dos brilhos da noite,
enquanto me esqueço do dia.
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