Tampa Bay, Florida, Furacões e Raios @Jeff Kinsey Alamy
E
quando grito o teu nome
no
meu,
regressam
as breves ondulações,
as
descaradas ondulações nas
ansias
dos corpos perdidos,
encontrados
paraísos, diremos,
repetiremos,
…
dos
paraísos que tememos,
da
saudade sempre presente,
e
as noites voam,
e
as noites voam sempre,
lentamente.
…
Quero
o que não existirá,
jamais,
não
é conquista, nem verão,
ou
primaveras,
apenas
uma brisa, nem palavra,
nem
palavras que se encontram,
que
tentam descrever os,
indescritiveis
sussurros.
…
E
do mar tornaste-te rainha,
não
de copas ou de espadas,
apenas
rainha de toda a
imensidão
que sempre me cercou,
que
sempre me foi gemea,
na
noite dos pirilampos
rodeando
faróis sem luz,
afastando-me
de promontórios
afastando-me
de perigos desconhecidos,
afastando-me
dos furacões
que
povoam os dias de cinza,
…
e
quando acordamos das viagens,
e
quando regressamos dos universos,
as
noites claream,
deixam
de ser escuras,
os
cometas cumprem então destinos
até
onde a vista alcança,
…
e
tudo o que existe, que me envolve,
é-me
suficiente,
…
então.
…
[Apenas
paraísos, diremos: “apenas”].
...
algures
num hemisfério,
norte
ou sul, que interessa,
num
hemisfério da lua,
nascem
ilhas desertas,
no
mare imbrium.
(...)
Mare
Imbrium (latim 'Mar de Chuvas') é um vasto mar lunar, criado quando
uma grande quantidade de lava encheu a gigantesca cratera formada na
região da Lua onde se encontra, após o impacto de um objeto celeste
com esta superfície há milhões de anos atrás.
*Não imagino algo mais amoroso que 'teu nome no meu'...poesia de puríssimo AMOR.
ResponderEliminarReverencio teu dom.
Beijoka*