…
e como sinto o vento que insiste
em levitar-me pelas falésias acamadas como núvens escuras
dispersas,
e como sinto o vento tocando-me a
face
pelo sorriso nesta manhã
adormecido,
adormeceram-se as longas
distâncias,
adormeceram-se as longas
histórias,
adormeceram-se as súplicas.
E como sinto o vento que insiste
em repetir-se levemente,
como um linho que me toca,
qual algodão,
e como sinto o vento
espraiando-se pela claridade
nesta terra castanha escura que
piso,
como o sinto.
Reluzem as pegadas que o vento
não levou,
o que restou do amor, talvez,
que as monções resistam nas
tatuagens eternas do mar,
que a memória resista como o
vento que insiste,
insiste,
ah... como insiste o vento em
levitar-me de mim.
…
[“do
ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea.
La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que
estará a chegar?)]
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