…
I
quero-me
em tantos eus
que
por vezes os esqueço,
e
quando os reencontro já não os conheço
ignoro-os,
nesta
ignota
viagem que queima a pele
ainda
por sarar,
descobertas
direi
nesta
imensidão que o olhar já não abrange,
e,
quando
me sento no meio de mim,
fala-me
o eu que eu sempre serei.
descansam
os outros.
II
descobre-nos,
descobre-nos
no meio das orquídeas
que
o nevoeiro escondeu
como
se não existissemos, apenas sussurros
incompletos,
repetidos.
e
mesmo que invisiveis fiquemos na terra onde regressámos,
ficarão
sempre as saudades
do
dia em que partimos,
...
[do
ciclo dos ventos, das primaveras, de mim, talvez de ti]
descubro.T
ResponderEliminarnas palavras
no tom magoado
no que de mim
não soube ser,
vontade reprimida
descubro.M
quando me dizes quem sou
do que poderia ser
do que sou e escondo
timidez no corpo
entre as orquídeas
que me quiseste
deste
e eu roubei-as
vesti-me delas
escondendo-me de ti
descubro-me
quando as tuas palavras me vestem, despedindo
a que não quero que seja para ti
descubro-nos sempre
que as palavras se bebem
trocam
partilham
-nos
[de um golpe só, este texto, num ranger de dentes
sem que eu goste
mas como me S into]
depois, depois o cetim...............