Aves
migratórias passam em frente ao pôr-do-sol. Alemanha, 2010.
Foto:
Sean Gallup/Getty Images
Anoitecem-me
os olhos
esperando
pelo renascer
da
manhã,
dos
peregrinos que passam,
distantes,
ficam
rosários quebrados
pelos
caminhos,
ronfam
os tambores lá longe,
um
sino tenta acompanhar a marcha,
tenta,
…
no
barco encalhado fazem-se promessas,
[que
a maré venha, depressa],
contam-se
estrelas sem nexo,
contam-se
histórias do mar,
mentiras
verdadeiras,
…
como
se não existissem saudades,
como
se não existissem tempestades.
…
Anoitecem-me
os olhos,
e
quando a manhã renasce,
adormece-se
o corpo,
neste
querer regresso,
ronfam
os tambores lá longe,
tão
longe.
[Do
sino, esqueçi-me...]
Sem comentários:
Enviar um comentário