"Maracatu no Engenho Cumba",
no estado de Pernambuco, Brasil
Foto:
REUTERS/Marcos Michel
O
teu corpo timido
de
vermelho primavera despido,
beijei.
Ouvi
os sons sussurrantes,
que
se arrastavam perdidos
num
espaço só teu, meu,
e,
no
teu peito esculpido
em
rendas perfumadas pelas
manhãs
de sol,
deitei
o meu ser, aconchegando-o,
sem
receio, protejo-me do
bravio
mar, que me persegue,
e
os furacões adormecem,
sossegam.
…
Senti
o teu respirar suave,
como
uma brisa nua,
como
a nudez da tua pele,
quando
a minha se entrelaça,
se
cola, se funde, deseja.
…
Nos
teus braços que me abraçaram
como
ramos de laranjeira em flor,
desteçi-me
de mim,
completou-se
o circulo, um dia
interrompido
pelo sonho,
e
os pingos da chuva que se
soltam
das núvens migrantes,
molharam
a terra em flor,
onde,
numa
de tantas noites,
deixámos
as sementes de nós.
…
Sossego-me
no teu ventre nu,
agora.
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ResponderEliminarBeijoka*