…
nas
fotografias que o tempo amareleceu,
nasciam
sóis do teu olhar, plural que repito
quando
lhes toco, que sejam sóis.
Se
te sinto ou não, já não sei,
relembra-me
dos gritos nas noites em que a pele se rasgava,
relembra-mos,
que
eu sinta, que eu seja.
Hoje
não me apetecia escrever sequer,
hoje
queriam-se as memórias e as saudades adormecidas,
queria-se
o mar coberto por girassóis,
queria-se
o olhar no infinitivo do verbo, mesmo impessoal,
e
que relembrar fosse proibido por um dia que fosse,
pudessem
os sossegos
tocar
o céu, cobri-lo dos virgens areais desconhecidos,
queria
um novo caminho, não um outro,
que
eu seja mesmo assim.
Que
sejamos os reflexos do vidro onde riamos,
onde
amávamos, onde declamavas as odes
que
não sabias cantar,
e
repetias os múrmurios dos nossos corpos.
Nasciam
sóis do teu olhar,
que
sejam os sóis que sempre me iluminaram nas noites mais escuras,
quando
todas as minhas sombras,
resolviam
acordar.
Tão
longe estou de ser, tão perto do mar contínuo estou,
os
sóis [?],
esses
mantêm-se ainda no teu olhar,
nas
fotografias que o tempo amareleceu.
Belo, Muito!
ResponderEliminarnão consigo escrever depois destas palavras. todos tivemos S audades assim, de um Tempo, d0 Tempo...
Ribeira d'Ilhas... um dos meus países de S onho.
sonha-se, vive-se e fica-se lá se pudermos.
hoje digo eu Obrigada, Muito, por este pedaço.
S orriso