Paulo
Ricca, Ilha das Flores, Açores, Portugal
as
pessoas dizem dos(des)encantos
nas
manhãs despenteadas,
pelo
vento, pela chuva,
apenas
de sol,
jamais
terei a certeza do
(des)engano,
e desde já me fico
repetindo,
enquanto ondulo palavras
colocando-lhes
um til, uma onda,
coisa
mínima.
Nestes
desígnios incontroláveis,
de
quem um dia se fez ao mar,
me
aventuro sem rosa, ou cravo,
ou
espada,
…
o
poema que faça o resto,
e
me deixe sossego.
Nas
estradas tão sujas como
algumas
rotas nos sargaços,
afunda-se
a âncora,
como
um sino que desaba nos
vitrais
coloridos,
afinal,
estanco-me destas
hemorragias,
seco-me.
Faz-me
falta, o teu olhar
coral.
[Longos
são os sons da noite e o dia repete-se como o movimento de um
pêndulo... isso, eu sei!]
Sem comentários:
Enviar um comentário