Paulo
Ricca, Fajã Lopo Vaz, Açores, Portugal
[Desfaz
as estalagmites por onde os nossos passos se silenciaram
adormecidos].
Como
as ondas que lavam o areal deserto
pelo
inverno,
deixando
os restos da madeira de barcos que vogam pelo fundo do mar,
como
história sem final feliz que todos sempre desejam,
desejos,
que
se quedam pelas linhas delimitadas de um raio,
levantemo-nos
deixando o gelo derreter-se em liquido colorido pelos nenúfares
baloiçando
na
água dos rios,
alguns
nascem do mar quando o sol se esconde.
Cantam
algumas sereias espantadas num rochedo povoado por adamastores que
ressonam trovoadas,
silenciando
as harpas sopradas pelo vento,
e
os nossos passos acordam banhados pela luz de algumas estrelas
cadentes.
Vem,
dá-me
a tua mão,
desafunda-te
comigo,
e
mesmo que a história desconheça o final feliz dos desejos,
segue
comigo o voo das aves migratórias que regressam,
silenciosas.
Belo!
ResponderEliminarObrigada pela tua S ensibilidade...:)
e Açores, tão bem escolhido...
S orriso em jeito de laço