Escondem-se
os olhares longe,
restos
do inverno,
apenas
fechámos os olhos
pelo
instante de ver o sol
que
nascia, paria, dizias,
lembras-te?
E
do sossego que sentimos,
algumas
dunas baloiçavam
sem
nexo,
e
o mar, suvemente ia e vinha,
lembras-te?
…
Das
fotos a preto e branco,
nasceram
margaridas,
tulipas
vermelhas,
fizeram-se
caminhos sem mapa,
lembro-me
do teu sorriso,
envolvido
pelas núvens dizia,
restos
do inverno.
…
Restos.
…
Nunca
trocamos promessas,
nunca
falamos de paraisos nas areias,
ambos
sabíamos que,
…
enquanto
o horizonte clareava
devagar,
o vagar
das
nossas mãos apertando-se,
era
o momento, lembras-te?
…
Apenas
fechei os olhos, hoje,
restos
do inverno,
restos,
…
lembrei-me.
[raridades de momentos assim,
ResponderEliminarpartilhados,
vividos,
olhados sem palavras,
vividos sem promessas de ser
porque quem É
sabe que o outro É
e sabe que também É Assim
o ombro ali, do nosso lado.
ah! essa Beleza pontual,
de todos aqueles momentos,
em que as mãos se contam
o que as bocas não ousam...
Belo TMaiúsculo, muito.
Obrigada pela Poesia com que nos Amas.
Raízes