Annalisa
Albuzzi
desenraízo-me
do mar e regressam à superfície os uivos e os gritos antes afogados
destapando versos arrítmicos que jamais terminam de preencher as
paredes um dia brancas,
ficam
a boiar as sementes de papoula que as mãos antes
retinham,
por
todas as estações em flor,
um
longo adeus, apenas o olhar reflete a alma,
dirás.
Que
assim seja,
o
silêncio.
Dispersam-se
as linhas do horizonte, inexplicáveis,
exaltam-se
esconderijos do salso reino,
cantos
perdidos a cada dia, espalhando-se como
murmúrios,
sussurros, pragas
rompendo
as redes de pesca que se afundam como a noite impenetrável,
acenderei
santelmos no meio de nevoeiros que escondem os ventos de terra,
delimitando
espaços,
buscando
novas rotas, ou outras, tanto se me dá.
Ruem
as foices do tempo pela matina,
sim,
sorrir-te-ás,
que
seja assim,
a
escuridão.
[os
lírios voam sem destino jamais serão
aves migrantes...]
... há lágrimas escorridas nas noites vazias
ResponderEliminarSorrio-te