sexta-feira, 4 de outubro de 2013

,são apenas silêncios, sem sons

IZA Photography 


,sim, é dos silêncios que te falo,
daqueles que nascem pelas madrugadas iluminadas
quando as andorinhas migram,

ou quando as pessoas renascem,

e eu,
renasço-me a cada novo dia,
e brilho, mesmo que ninguém me veja.

,são apenas silêncios, sem sons,
serão apenas sombras que se escondem e que reaparecem,
sabê-lo-ei,

sê-lo-á sempre assim,

mesmo que as procelas atinjam terra,
mesmo que os barcos inundem o areal,
mesmo que um dia,
todos atinjam o horizonte, mesmo ali tão perto
que nem se vê.

E conto-te,
hoje decidi morrer-me por uns momentos
[hoje decidi-me morrer por uns momentos],

quis que o céu se abrisse, que o vento cantasse pelas searas sem silêncios, nada de luzes, ou encadeamentos luminosos,

apenas o cheiro das maresias pela maré a vazar.


Descansei-me [e],




decidir ou morrer?


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